Carretera Austral, Torres del Paine e Patagônia Chilena - Onde, Quando e Como Explorar?
Você sabia que a Patagônia Chilena reserva o conjunto de parques nacionais com as paisagens mais incríveis da América do Sul?
Oi, Galera! Meu nome é Luiz Carlos Junior e exploro lugares remotos e paisagens incríveis em mais de 10 anos de experiência em viagens pelo mundo. Meu objetivo é ajudar você também a ir em boa parte desses lugares sem dificuldades, com a minha vivência e aprendizados. Qualquer lugar que eu explore, quero passar essas sensações, emoções e lições para vocês aí também.
Você pode estar pensando que ir para esses lugares é caro e difícil em termos de hospedagens e logística, mas estou aqui exatamente para desmistificar isso. Após ler esse post você vai ser capaz de seguir ou traçar seu próprio roteiro sem grandes dificuldades pelos caminhos inexplorados da Patagônia Chilena.
Para facilitar, vou dividir aqui em três partes esse roteiro. Esses pedaços podem ser feitos separados, ou todos juntos a depender da sua disposição e do seu orçamento de viagem. O mais importante é que em todos eles você vai ter experiências de outro mundo com as paisagens que você vai ver. Em um post no futuro vou detalhar alguns picos e trilhas desses locais.
As grandes partes da Patagônia Chilena são três:
Região dos Lagos Chilenos e Carretera Austral (Patagônia Verde)
Parque Nacional Torres del Paine
Fiordes Patagônicos
Lembrando que recentemente o governo chileno inaugurou a Rota dos Parques da Patagônia que percorre essa extensão inteira por meio de estradas e balsas. Uma expedição e tanto! As duas primeiras regiões têm vídeos no nosso canal. Não esqueça de visitar no final do post.
A melhor época para visitar para mim é de novembro (Primavera) a início de maio, quando as cores do outono estão explodindo.
Vamos detalhar primeiro a parte mais ao norte, dos Lagos atravessando a Carretera, depois o grande parque Torres del Paine, que merece por si só uma posição especial no meio dos 17 parques da rota, e por fim dar uma breve ideia dos Fiordes Patagônicos que explorei apenas pelas redes.
A região dos Lagos Chilenos é razoavelmente conhecida pelo turismo mais “light” por conta de suas pequenas e confortáveis cidades com rede hoteleira madura e bons restaurantes. As cidades de Puerto Montt (por onde se chega de avião), e Puerto Varas podem ser conhecidas até pelos ouvidos de pessoas que nunca se aventuraram nessas bandas do Chile, e são os grandes centros dos lagos chilenos.
Aqui é o ponto de partida da Carretera Austral. Para que é leigo, a Carretera é uma estrada que cruza a região da Patagônia Verde por meio de montanhas, lagos e áreas de preservação incríveis. Por isso, há um certo ar hardcore nas localidades, pois os grandes empreendimentos hoteleiros e imobiliários não alcançaram essa região preservada. Muitas estradas também não são asfaltadas nesse caminho, provavelmente para minimizar o impacto sobre a natureza e os locais. Mas, se você é um explorador raiz, você vai amar.
As principais atrações aqui ficam por conta do vulcão Osorno e dos Saltos de Petrohue ainda na região mais urbanizada dos lagos chilenos. O Parque Nacional Alerce Andino também é visitável ficando hospedado em Puerto Montt ou Puerto Varas. Daí para frente, você só vai achar as estradas para o sul, por meio da Carretera.
Descendo a Carretera, você tem uma miríade de opções de parques que você pode chegar facilmente como: Pumalin, Queulat, Cerro Castillo e Parque Patagônia. Se você quer percorrer todo o trajeto com tranquilidade, reserve de 7 a 12 dias. O mapa com os points principais (hospedagem, abastecimento e fotos) está no final do nosso post.
As estradas nesse trecho são complicadas. É necessário um carro robusto para superar os buracos, pedras, poeira e lama. Há trechos asfaltados, mas não são muitos apesar do esforço incrível do governo chileno para conservar e aumentar a estrutura.
Para quem resolver seguir até o final da Carretera há duas opções: Seguir de barco pelos Fiordes Patagônicos até Puerto Natales, ou cruzar a fronteira argentina próximo ao lago General Carrera pela cidade de Perito Moreno. Eu optei pela segunda, já que queria explorar também a Patagônia Argentina na minha expedição.
O Torres del Paine é o filet mignon da Patagônia Chilena. Não é à toa que milhões de turistas visitam frequentemente o parque forçando uma estrutura um pouco maior do que a da Carreteira. As montanhas são, junto com o maciço do Fitz Roy na Argentina, as mais icônicas e incríveis do mundo.
Aqui, mesmo com um grau maior de turismo, você ainda vai encontrar estradas de terra e brita especialmente dentro do parque (áreas de conservação). As hospedagens são dentro ou nos arredores do parque. Se você vai acampar ou trilhar planeje-se com bastante antecedência para reservar os campings. Há também redes hoteleiras de luxo e padrão principalmente nas bordas do parque que podem ser agendadas nos melhores sites de viagem, mas o preço pode ser um pouco salgado pela alta procura (em torno de 200 dólares a diária).
No Torres del Paine você pode fazer as grandes trilhas do “W” e do “O”, mas também pode fotografar os lagos, vegetação e vida selvagem sem precisar caminhar muito. Há trilhas interessantes dentro do parque, onde você pode desfrutar a incrível beleza dos “Cuernos del Paine”. Para mim a estada perfeita para aproveitar as paisagens do parque é de 5 a 7 dias, já que você pode pegar clima ruim em alguns deles. Para fazer o “W”, algumas pessoas recomendam essa mesma quantidade de tempo. O “O” pode levar até 10 dias.
Para quem deseja vir até aqui sem passar pela Carretera, há duas opções: por meio de voo para El Calafate, na Argentina e cruzando a fronteira e por meio de voo até Punta Arenas e deslocamento até o Parque. Minha opção nas duas vezes que fui foi de cruzar a fronteira Argentina por El Calafate. Se você está fazendo a Rota dos Parques da Patagônia, pode vir de balsa da Caleta Tortel em uma incrível viagem cruzando os fiordes patagônicos até Puerto Natales.
Fiordes Patagônicos
Chamei de fiordes patagônicos as regiões externas da patagônia, além da viagem da Caleta Tortel até Puerto Natales (Parque Bernardo O’Higgins). Os parques Kawésqar, Alberto de Agostini, Yendegaia e Cabo de Hornos estão nessa classe, mas é necessária navegação marítima para chegar até lá. Na minha última viagem, optei por não explorar essa parte, mas obviamente está na minha “to do list”.
Se você vai fazer a Rota inteira dos Parques da Patagônia Chilena, recomendo algo de 21 a 30 dias. Se você fizer como eu, no mapa abaixo, que desviei para a Patagônia Argentina e fiquei quase totalmente por terra na minha picape, reserve de 21 a 30 dias também.
Espero que tenham gostado, Pessoal! Não esqueçam o mapa abaixo como prometido. Compartilhem e curtam aí embaixo pra ajudar a gente! Te vejo na próxima!
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