Louis Wolf

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Alcançando a Automaestria com o "Jogo Interior do Tênis"

Olá, Aprendizes! Um dos livros mais incríveis que já li sobre desenvolvimento pessoal e alta performance foi o Jogo Interior do Tênis de Tim Galloway. Esse livro é um verdadeiro clássico, considerando que foi lançado há décadas e até hoje é utilizado por uma variedade imensa de atletas e técnicos que pretendiam alcançar o próximo nível.

Sabemos que o termo “Coach” hoje é inclusive mal utilizado por alguns. Essa leitura lançou as fundações de um trabalho sério e do sentido real da palavra “coach” na utilização pessoal e desportiva para que o indivíduo alcance a automaestria através da prática e da reflexão contínua.

O mais importante aqui é considerar todo o papo sobre Tênis de uma forma mais generalizada. Se você substituir o esporte dito no livro por outros aspectos que você quer melhorar na sua vida (falar em público, melhorar sua forma, juntar mais dinheiro, etc.) provavelmente vai perceber que os conceitos são aplicados da mesma forma.

Bem, vamos avançar e falar um pouco sobre as ideias dessa obra magnífica?

A parte interior e a exterior de tudo

Tim Galloway diz que “Todo jogo é composto por duas partes: a interna e a externa”. A parte externa já conhecemos: contamos com obstáculos tangíveis, adversários materiais e limitações físicas e pessoais. Já a parte interna, é a mais importante e menos desenvolvida. É ela que faz a real diferença para você ser uma pessoa fora da curva em qualquer coisa.

Segundo Tim, a parte exterior pode ser facilmente ensinada por meio de livros, conteúdos e lições práticas. Limitações físicas também podem ser superadas com relativa facilidade por meio de treino constante. O grande problema para qualquer um se tornar realmente um top performer é a parte interior, ou a sua MENTE.

Se você perguntar para um competidor de triátlon qual é a parte mais difícil de uma competição ele vai te dizer: a mental. Lidar com a autossabotagem é 90% do trabalho de uma pessoa, já que muitos conseguem alcançar a maestria física, mas não necessariamente a maestria mental.

Sendo assim, como dominar isso?

O Ser 1 e o Ser 2

O autor defende que temos dois seres dentro de nós: o Ser 1, que é o ser racional e objetivo e o Ser 2 que é o Ser inconsciente e subjetivo.

Geralmente, em uma sociedade predominantemente racional, damos muita importância para o Ser 1 e todos os seus processos. Antes de começar qualquer coisa, pensamos demais, analisamos demais e acabamos por ficar paralisados. No esporte é a mesma coisa: quando você tenta racionalizar demais os movimentos, a batida correta na bola, ou a sua autocrítica, cai em uma espiral destrutiva de tensão.

Já o Ser 2 é a nossa parte “mágica” que conecta com os processos e circunstâncias de uma forma ainda pouco compreendida. Nosso subconsciente tem uma capacidade incrível de executar e se adaptar rapidamente, mas infelizmente é atrapalhado pela voz constante do Ser 1, o racional, que tenta de forma limitada passar instruções do que é correto e o que não é.

Antes que você pense que isso é papo místico, há muitos cientistas hoje mostrando que isso é uma realidade por meio de estudos em artistas, atletas e outros personagens de alto desempenho no que chamam de Estado de Fluxo. Nós mesmos expressamos isso de forma metafórica quando falamos que “fulano está inspirado” ou “parece que tudo dá certo para o beltrano”.

A grande sacada aqui, segundo Tim, é acabar com o conflito interno entre o Ser 1 e o Ser 2 e permitir que cada um trabalhe dentro de suas faculdades sem interferir com o outro.

O método tradicional

Para você entender melhor, o método tradicional, que é o que geralmente fazemos incorretamente é o seguinte:

Passo 1 – Criticar ou julgar o antigo costume

Passo 2 – Dizer a si mesmo que precisa mudar. Repetir isso incessantemente em sua mente.

Passo 3 – Fazer o máximo de esforço possível para acontecer da maneira correta.

Passo 4 – Voltar ao passo 1, criticando os erros e falhas novamente.

O método do jogo interior

Já o método ensinado por Tim, prega que devemos ser um tanto quanto diferentes em nossa abordagem. Perceba o paralelo aqui com o pensamento Zen e a meditação, tornando-se o observador:

Passo 1 – Observar o próprio comportamento atual sem julgamentos

Passo 2 – Visualizar o estado perfeito desejado

Passo 3 – Deixar acontecer. Praticar deliberadamente.

Passo 4 – Voltar ao passo 1 e observar os resultados, sem críticas e julgamentos

O segredo da alta performance

Nossa mente objetiva é excelente para muitos processos racionais e extremamente necessária para observar e visualizar as coisas. A outra mente, a subjetiva é perfeita para executar e deixar acontecer, já que o subconsciente é extremamente rápido e adaptativo.

O maior problema é que, infelizmente, entramos em um processo destruidor de autossabotagem, julgamentos e paralisia, dominados por uma objetividade muito grande e errada. As nossas crenças passadas desempenham um papel muito forte nisso.

Fazer a mente subjetiva e objetiva estarem em paz e trabalharem juntas é o que Tim Galloway prega no seu livro. Esse é o grande segredo de pessoas de alto desempenho, tanto nos esportes, quanto nas finanças ou nas artes.

Espero que tenham gostado. Aproveitem bem esses pensamentos, aprendizes!

Até o próximo nível!

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Alcançando a Automaestria com o Jogo Interior do Tênis Luiz Carlos Junior