5 erros comuns que eu cometia editando minhas fotografias

Olá pessoal! Vamos falar hoje sobre um assunto muito legal, que vai servir de exemplo para muitos fotógrafos que estão começando, e até para alguns que já estão na estrada há um tempo: erros fundamentais que eu cometia quando editava minhas fotografias há alguns anos atrás. Confere aí!

Então pessoal. Só um breve lembrete: nosso desafio do mês é o #desafiorua, então entra lá no instagram e marque as fotos assim que você terminar de ver nosso vídeo aqui para no final do mês a gente escolher algumas para fazer o review. Agora, sem mais delongas... vamos ao assunto!

  • Saturação e Luminância

Esse engano é cometido muitas vezes por pessoas que estão começando a experimentar os softwares de edição de imagens. A nossa tendência é sempre achar que as cores estão um pouco pálidas e quando você mexe naquela barrinha de luminância então, acaba dando aquele up na foto. Porém, se você começa a exagerar, sua foto fica extremamente “maquiada”. O que eu quero dizer com isso? Você pode usar batom, base, máscara, tanto para fazer uma maquiagem de modelo, quanto para fazer uma maquiagem de palhaço... e é isso que queremos evitar: que sua foto fique na segunda opção.

Use sempre as barrinhas de saturação, vibrância e luminância com moderação. Tenha sensibilidade e veja que na natureza, raramente você vai perceber cores berrantes e contrastes e nitidez extremamente marcantes. Eu mesmo quando vejo minhas fotos de cinco anos atrás percebo que agora é bem melhor equilibrar esses fatores.

  • Luz e sombras

Uma coisa que eu fazia até recentemente é simplesmente não dar espaço para a luz e as sombras no meu frame. Só meios tons. Isso quer dizer o seguinte: quanto aumentamos o alcance dinâmico de uma foto, às vezes, removemos as sombras e as luzes altas da minha imagem e chapamos ela como se fosse um desenho. Por isso que é muito comum que as pessoas pensem que as fotos assim são “artificiais”.

Imagine um frame que seja 100% de luz. Não tem graça né? Na verdade, você não vê nada. Assim como um frame que tenha 0% de luz. Se você tiver 100% de meios-tons, acredite, também vai complicar. O segredo, mais uma vez é o equilíbrio. O que dá tridimensionalidade às fotos são as sombras. E o que chama os olhos para o assunto são as luzes. Então, é só você usar esses dois elementos com inteligência para pontuar melhor nesse joguinho da fotografia.

Repare nessa foto aqui. Por mais que seja ótimo que você veja todos os elementos de um lugar, é muito melhor você escolher o principal e deixar outras coisas figurando, apenas para compor. Uma das formas de fazer isso é manipular as luzes e sombras ao seu favor.

  • Super HDR

Sim, eu já fui adepto dos softwares de HDR até pouco tempo. Usava o Photomatix em praticamente as minhas fotos de paisagem. Porém, o problema não está nos softwares em si. Está, mais uma vez, no exagero.

Os softwares de HDR são editores quase automáticos para suas fotos ganharem alcance dinâmico e ficarem mais vivas. No entanto, eu botava minha foto nessa maquininha e depois ela saia exagerada, com vários problemas técnicos como: halos de luz, supernitidez, supersaturação, ruídos. Mais uma vez, ficava extremamente artificial.

Se você gosta do HDR, isso é ótimo, mas use com moderação. Tome cuidado para aquele ponto de luz ou sombra na sua foto ficar totalmente chapado e suas imagens não saírem com cores que você só vai ver em um saquinho de MM’s.

  • Sombras e Highlights

Esse é clássico e confesso que tenho até um vídeo no canal que ensina a fazer exatamente o que eu vou criticar aqui: cuidado ao fazer aquele workflow padrão de aumentar as sombras e diminuir os highlights!

O que eu quero dizer: tudo DEPENDE da sua foto. Se você fez uma exposição muito clara, o que pode acontecer é você detonar o céu e chapar completamente o seu cenário. Se você fez uma exposição muito escura, você corre o risco de acabar com as suas luzes, deixando elas cinzas, e gerar um monte de ruído nas suas sombras.

Quando você fizer isso, faça com moderação. Observe o que acontece com a sua foto, e se ficou natural ou não. Claro que isso tudo é muito subjetivo, mas conforme você vai vendo outros trabalhos e praticando, a tendência é você refinar o seu olhar e passar a modular mais a sua edição e não repetir sempre as mesmas coisas.

  • Nitidez e Suavidade

O que acontece quando sua imagem está totalmente nítida? Você perde a referência, ou seja, você fica confuso, com excesso de elementos, e perde um pouco o assunto. Um exemplo é quando você faz uma foto com o fundo embaçado e outra sem. Nas paisagens, quando o fundo fica muito nítido isso também acaba tirando um pouco o realismo da imagem, pois quanto mais longe está o objeto, mais suave se torna a sua visão devido ao efeito de difração.

Quando a imagem está totalmente suave, acontece a mesma coisa. Você perde a referência. Tem a impressão que a foto está borrada, tremida, ou então sem textura e detalhes. Geralmente, se o assunto está muito suave, há uma impressão de que a foto não foi bem tirada também (exceto quando essa era a intenção).

O ideal é que você balanceie esses dois elementos na imagem. Nitidez no que interessa e suavidade nos outros elementos. Se você estiver editando um retrato, uma fotografia de ensaio, ou casamento, o ideal é que você também não exagere na luminância negativa ou na suavidade quando está tratando da pele na imagem para ela não ficar parecida com um fantasma. Todo rosto tem detalhes, e eles agregam bastante se forem mantidos, ou suavizados, mas não retirados.

É isso pessoal! Espero que tenham gostado! Compartilha nosso vídeo com aquele amigo fotógrafo para ele também não cometer mais esses enganos que eu um dia já cometi! Lembrando sempre que fotografar é arte, e mesmo que você as vezes pense diferente do seu colega, nenhum de nós está certo ou errado. É tudo uma questão de gosto pessoal! Abraços povo! Tchau, tchau!

Louis WolfComment